A celebração do natal em 25 de dezembro remonta à cristianização da festa romana do Sol Invicto. Esta divindade, cujo culto veio da Pérsia helenística, relaciona-se ao deus Mitra e foi o deus sol oficial do Império Romano tardio e patrono dos soldados.
Em 25 de dezembro de 274 d.C., o imperador romano Aureliano tornou-o um culto oficial ao lado dos cultos romanos tradicionais, sendo considerado ilegal pelo imperador Teodósio em 391 d.C.
Era também um título religioso que foi aplicado a três divindades distintas durante o Império Romano tardio. Ao contrário de outros, como o culto agrário do Sol Indiges ("Sol na Terra"), o título Deus Sol Invicto foi formado por analogia ao título imperial pius felix invictus ("pio, feliz, invicto").
O título foi introduzido pelo imperador romano Heliogábalo, durante a sua tentativa abortada de impor o deus Elagabalo Sol Invicto, o deus-sol da sua cidade natal Emesa na Síria. Com a morte do imperador em 222 d.C., contudo, o seu culto esvaneceu-se. Em segundo instante, o título invicto foi aplicado a Mitra em inscrições de devotos. Também, aparece associado a Marte, uma divindade militar.
Finalmente, o imperador Aureliano introduziu um culto oficial do Sol Invicto em 270 d.C., fazendo do Deus Sol a primeira divindade do império. Contudo, não oficialmente identificado com Mitra, o Sol de Aureliano tem muitas características próprias do mitraísmo, incluindo a representação iconográfica do jovem deus sem barba. O culto do Sol Invicto continuou a ser base do paganismo oficial até a adesão do império ao cristianismo — antes da sua conversão, até o jovem imperador Constantino tinha o Sol Invicto como a sua cunhagem oficial. E depois, com o Édito de Milão, que concedia liberdade religiosa, houve o uso do símbolo do Chi (X) Ro (P), referência a Cristo escrito em grego e grafado no lábaro de Constantino.
REFERÊNCIAS E FONTES:
CLAUSS, Manfred, (2001). Die römischen Kaiser: 55 historische Portraits von Caesar bis Iustinian. [S.l.]: Beck.
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