tejú jaguá: o guardião das cavernas.
Sousa, N.M.[1]
A maldição, mba’etirõ, lançada por Arasy, mãe do tempo, contra Taúba, o espírito do mal, por raptar a jovem dorminhoca Keraná produziu uma descendência monstruosa e deformada na terra habitada pelos humanos filhos de Nhanderu Pavê e Nhandesy Pavê.
O primeiro dos filhos monstruosos foi Tejú Jaguá, um lagarto com sete cabeças de cachorro e com olhos que lançam labaredas. A quantidade de cabeças dificultava seu movimento. Era o mais horrendo de todos os sete irmãos. Sua ferocidade foi aplacada por Tupã, deixando-o dócil e inofensivo, mas ainda temido devido ao seu olhar fulminante.
Alimentava-se de frutas e seu irmão Jasy Jaterê, o Saci Pererê da mitologia brasileira, fornecia-lhe mel. Tejú Jaguá era o protetor das frutas e das cavernas, além das riquezas que estão embaixo da terra. Por esta razão, sua pele tem o brilho do ouro e das pedras preciosas.
REFERÊNCIAS E FONTES:
COLMAN, Narciso R. Ñande Ypy Kuéra. 1929.
IMAGENS:
Mitoys. Teju Jaguá. 2019.
Metadados:
Ta’ú, keraná, Moñai, Luisõ, Aó-aó, Tejú Jaguá, Mbói Tuí, Pytãjovái, Tumé Arandu, Porãsy, Marangatu,
[1] Doutor em educação pela UFSCar. E-mail: neimar.machado.sousa@gmail.com
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