A coruja disse ao sol que não sabia quem morava na casa, mas que sempre era xingada. O Pa'ikwara já sabia que era o espírito de sua mãe e por isso disse à coruja: - vamos até lá.
Estava escurecendo quando partiram. A coruja torrava os grilos que pescava e pediu para o Sol abençoar sua comida. Por isso, a coruja nunca se engasga, pois o Pa'ikwara abençoou seu alimento. Depois de abençoar disse para ele: - pode comer, mas a coruja não comeu e mesmo assim os grilos desapareceram. Depois saíram em direção da casa.
A mãe já estava querendo que seus filhos chegassem onde ela estava. Seus filhos são Pa'ikwara e Jasy. Depois que o Sol chegou junto com a coruja, ela disse:
- Já veio você de novo fazer barulho. Lekucho da cabeça suja, olhos esbugalhados e cabeça chata. A mulher batia na parede para espantar a coruja primitiva. E na segunda vez, agora vai bem na porta e faça barulho de novo, pediu o Pa'ikwara à coruja primeira. Assim fez a coruja e quando a mãe suspirou, o Pa'ikwara disse:
- Venha abrir a porta para o seu filho, ha'i.
Ela pulou de onde estava, abriu a porta e já levou uma rede para o filho descansar. Quando chegou, como todas as mães, perguntou pelo irmão menor do Sol.
- E seu irmão mais novo, onde ficou? Perguntou ao irmão maior, Pa'ikwara.
- Ficou naquela casinha do Urutau. Eu o deixei, perto da água azul.
Cada vez que Jasy queria comer, o Urutau se aproximava para maltratá-lo.
REFERÊNCIAS E FONTES:
GARCIA, Wilson Galhego e Ribeiro, Aniceto. Cinco versões dos mitos dos gêmeos entre os Kaiová, Terra Indígena, n. 82: 11-201. out 2000.
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