Ativista roubou a cena em reunião de acionistas da BlackRock, maior gestora de fundos do mundo
O indígena brasileiro Luiz Eloy roubou a cena na reunião anual de acionistas da maior gestora de investimentos do mundo, a BlackRock, em Nova York, na última semana. Um acionista cedeu a própria cadeira a Eloy, que aproveitou a ocasião para fazer o que chama de “incidência”.
Dirigindo-se a Laurence Fink, presidente da gestora, Eloy alertou para os riscos do desmatamento. Segundo o relato do indígena, o executivo sinalizou que sua preocupação deve ser levada em consideração.
Mensagem Eloy discursou a investidores do agronegócio. “Vocês têm a responsabilidade sobre o nosso futuro”, disse ele, que é advogado da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, referindo-se a quem aplica em empresas como JBS e Bunge.
Climão O indígena afirma que causou constrangimento porque sua fala destoou dos outros comentários —cada acionista tem cinco minutos. Enquanto discursava, os presentes concordavam com a cabeça, segundo ele.
Limites Eloy instou as empresas a restringirem a compra de commodities produzidas em propriedades localizadas em terras indígenas.
Descampado A fala, também endereçada ao governo Bolsonaro, criticou o avanço do desmatamento ilegal “promovido pelo agronegócio”.
Anfitrião A BlackRock, que administra em grande parte fundos de índice, não comenta o episódio. Em seu site, diz que leva em consideração fatores como responsabilidade ambiental nas empresas em que investe.
FONTE: FSP. 26.mai.2019. Edição impressa. Link: http://bit.ly/2YPall4
