Este livro descreve como era o casamento Terena, tradicionalmente, e tantas outras histórias indígenas que são repassadas no convívio familiar e perpetuam a cultura Terena.
A obra foi criada e organizada por professores indígenas terena, durante um curso de formação continuada e intercultural do projeto de educação guarani, kaiowá e terena, em Dourados, MS e reorganizada durante a Ação Saberes Indígenas na Escola.
Enepora koyuhópeti, koyukóti koeku ne ikorokovo ne Têrenoe mekuke, yoko éxokoa koeku ne itukouke pohutihíko kuveu óvoku, epó’oxo ápe ituketi apêtiko tuku koeti ko’oyene. Pora kixoku itukeovo ne sêno xoko îma, haneyekó tuku koeti enepora vitovóku. Enepora yoko po’inuhiko exetinati, itukinoa xêti ne xe’exapa yoko amori ne Têrenoe motovâti akoyea auke’e ne kixoku itukeovo.
Ihikáxoti têrenoe organiza kixôa ra koyuhópeti, apê cursuna formação continuada yoko intercultural xoko projetuna guarani, kaiowá yoko têrenoe, ya Douraduke, MS:
“De acordo com os relatos dos nossos avós, ao nascer um casal de crianças em famílias diferentes, o pai do menino ia até a casa dos pais da menina para firmar um compromisso de casamento, alguns dias após o nascimento.
Para que o casamento fosse realizado, as duas crianças escolhidas teriam que passar por algumas etapas de aprendizagem cultural, ou seja, seriam preparados para casar e assumir uma nova família. O menino recebia instruções de um adulto para aprender a caçar, pescar e plantar e, assim, manter a sobrevivência de sua família.
E a menina também recebia ensinamentos, acompanhada por uma senhora que tinha a função de ensiná-la a cuidar da casa e do seu futuro marido.
Depois de algum tempo, quando as etapas do ensino eram cumpridas, a família e a aldeia toda se preparavam para fazer a grande festa. No dia marcado, o cacique da aldeia era o responsável por amarrar a rede onde seria realizado o casamento e por reunir todas as pessoas da comunidade.
Nesse dia, outras pessoas também aconselhavam o casal, como os avós do casal e lideranças.
Quando terminava o conselho, já começava a festa, com as danças do bate pau e siputerena. E, para acompanhar, não podia faltar o saboroso churrasco.”
TEXTO EM TERENA: Lidimara Francisco, Noemi Francisco.
TEXTO EM PORTUGUÊS: Noemi Francisco, Cristiane Machado Ortiz.
ILUSTRADORES: Ivan Antonio Jorge, Célia Reginaldo, Lidimara Francisco.
CAPA: Ivan Antonio Jorge.
REFERÊNCIAS E FONTES:
Terena de Dourados, Professores. IKOROKOVOPE NE TÊRENOE. Aldeia Jaguapiru, Dourados/MS: Ação Saberes Indígenas na Escola, MEC/UFGD, 2019.
NOTAS:
Bem-vindo a
Laboratório de Pesquisas em História e Educação Indígena
© 2025 Criado por neimar machado de sousa.
Ativado por