A história deste livro foi contada pela mestra tradicional Guarani, Nhandesy Tereza Espindola, moradora da aldeia Bororó, em Dourados. Trata-se de um mito que ensina a não ter preconceito contra o diferente.
O mito narra a história de como foi criado o pássaro chamado G̃uaig̃uingue, conhecido como Urutau. Numa aldeia vivia uma moça muito linda. Todos os dias, quase escurecendo, ela ia buscar água no rio. Ela se encantava com o brilho do sol e se apaixonou por ele, que também se apaixonou por ela. O sol resolveu comprovar se ela o amava de verdade e se transformou em um velho feio e sujo. A moça tratou-o com desprezo e o expulsou de sua casa. No outro dia, ela foi buscar água e o sol apareceu em forma de um lindo jovem, que lhe disse: - Fui em sua casa e você me desprezou; vi que não me amava de verdade. E ele, então, casou com outra, que o aceitou do jeito que era. A moça ficou triste e começou a chorar sem parar, transformando-se em um pássaro noturno que canta muito triste, chamado Urutau.
Dizem que ninguém pode imitar o seu canto, senão pode acontecer uma desgraça na vida de quem o imita.
REFERÊNCIAS E FONTES:
Guarani e Kaiowá, Professores e alunos. G̃uaig͂uingue. EDUFGD: Dourados, MS, 2018. Versão revisada em 19/10/2018.
NOTAS:
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