A história dos Gêmeos Kwarahy e Jasy registra a sequência dos atos criadores do cosmos que completaram a obra de Nhanderuvusu, um dos seres divinos do panteão guarani.
A luz do Sol e da Lua é que renovam o tempo. Os seres antigos conheciam esta terra e aos poucos foram subindo pelos patamares celestes (yváy) para ser a luz do sol. Esse ser é chamado de Pa’i Kwará. A lua é chamada de Pa’i Nhengaju. Assim eles procederam para fazer o Sol. O Pai não gostava deles, mas eles o colocaram na sua luz e os dois irmãos conquistaram um lugar diferente de onde ficava o Pai.
Após muito conversarem os dois irmãos decidiram onde seria sua morada: o bonito campo celeste.
Xe ahata xe roy amoi Aranhu Porãpy, disse o Sol.
O irmão mais novo disse que ficaria pertinho do irmão mais velho. Ali, onde estavam o Pai não podia chegar onde os dois estavam de qualquer maneira. Tinha de cantar e dançar muitas noites antes de chegar onde estão os gêmeos. No caminho para a morada do sol, havia areia com com fogo. O irmão mais novo deixou geada no caminho da sua casa.
Tyvyry katu omoῖ ro’y jasuka gwape rupi.
Por isso o pai deles não chega de qualquer jeito para eles. O pai ficou triste com eles, eles tornaram-se sábios e seu pai é sábio também, por isso seu lugar está longe do Pai.
Ha’e kwéry oikwaa tuvy oikwaave, ajeve ha’e kwery gwekwagwã omoῖ mombyry mbyry.
Aipopeve.
REFERÊNCIAS E FONTES:
SOUZA, Andreza. O Mito dos Gêmeos. Ano XV. N. 82. Assis: UNESP/Revista Terra Indígena, 2000. P. 160ss.
VERA, Dedimar Pires. Guarani Mombe’upy. ASIE: Paranhos, 2019.
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