Quando as onças tentaram espetar os gêmeos para assá-los, o espeto se quebrava e não acontecia nada aos meninos. Então a velha onça decidiu criá-los em casa, pois não conseguia matá-los.
A avó das onças decidiu ter o sol e a lua como criados. E levaram para colocá-los numa grande peneira (tapekwa). Puseram um ao lado do outro, deitados. À noite, o futuro Sol percebeu que os grilos (kyju), muito numerosos na casa das onças, os estavam atacando. E o sol assoprava para espantar os grilos de perto de seu irmão. O irmão mais novo era bem fraquinho e o mais velho era bem inteligente.
O neto da velha onça percebeu que os gêmeos estavam fazendo, quando estava espantando os grilos. Aí o neto da velha onça disse à vó: - seus bichos viverão, não morrerão. E as onças ficaram contentes.
No dia seguinte o futuro Sol e a lua já estavam caminhando. Eram muito pequenos, mas o Sol já caminhava com seu irmão menor, a Lua. Assim viveram quatro luas e ao término deste tempo, fizeram arco (gwyrapa).
Os gêmeos começaram a caçar ao redor da casa. Caçavam passarinhos para sustentar a velha onça. Assim foram vivendo e à medida que cresciam, caçavam bichos maiores e iam mais longe, sempre usando seu arco.
REFERÊNCIAS E FONTES:
AQUINO, João. Mito dos Gêmeos In: Terra Indígena. Ano XV. N. 82. Outubro 2000. Araraquara: UNESP, 2000. P. 170.
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