Entre as histórias contadas pelos Guarani e Kaiowá sobre o Jaguaretê, há muitas relacionadas ao seu antigo amigo, o macaco. A amizade entre os dois compadres ficou abalada depois que o Ka’i traiu a confiança do Jaguaretê.
Após a onça descobrir que o macaco havia dormido com sua mulher passou a persegui-lo pela mata para destruí-lo e vigiar os lugares onde o macaco bebia água. O macaco já não podia descer das árvores com medo da onça e estava com sede. Foi então que concebeu um plano. Pediu um pouco de cera e mel para a abelha, eíra, e passou em seu corpo e grudou muitas folhas para parecer um ser desconhecido e assustador.
Depois de disfarçado e parecendo maior do que realmente era, o macaco desceu até o rio, mas o antigo compadre Xipoka’y, desconfiado, perguntou quem ele era. O macaco respondeu que era o dono da mata, chefe de todos os animais inclusive a onça. Seu nome era bicho-anhã, o bicho-diabo, disse.
Falou como um trovão que ia beber água e que se o jaguaretê impedisse, o faria em pedaços. Depois de saciar-se e já bem distante da onça, contou que era o macaco e que o compadre Camisa Pará era forte, mas não era tão inteligente quanto ele.
REFERÊNCIAS E FONTES:
GUARANI E KAIOWÁ, Professores e alunos. Ka’arovapy. Caarapó, MS, 2018. Col. Nhande Rekohatee: Peteῖha.
MEDINA, Rosalina. Mito dos Gêmeos. Assis: UNESP/Revista Terra Indígena, 2000 (1970).
NOTAS:
Tags: bicho-anhã, jaguarete, ka'arovapy, ka’i, macaco
Bem-vindo a
Laboratório de Pesquisas em História e Educação Indígena
© 2025 Criado por neimar machado de sousa.
Ativado por