A longa caminhada iniciada antes de nascer pelos antepassados guarani em busca do Terra sem Males, Yvy Marae’ỹ, onde vivem os pais e avós, ainda não chegou ao fim. Enquanto caminham, os guarani passam por muitos sofrimentos e perigos.

O Anháy representa, nesta caminhada, o antagonista dos gêmeos e de seus descendentes. Perguntamos até quando as cenas de violência contra os povos indígenas se repetirão. - Até quando nós vamos sofrer o genocídio? Perguntou o Nhanderu Getúlio Juca à Maria Rita Kehl, durante as audiências da Comissão Nacional da Verdade em Dourados (MS).

O processo de confinamento obrigou os pequenos núcleos macrofamiliares expulsos de suas terras a buscar abrigo nas reservas demarcadas pelo Serviço de Proteção ao Índio (SPI), para administrar os ajuntamentos de índios e aldeias, impedindo sua livre circulação e retorno às antigas aldeias. A situação dentro das reservas, como, por exemplo, a de Dourados (MS), a alta concentração demográfica, esgotamento dos recursos naturais, inexistência de terras suficientes para o plantio, a violência interna gerada pelo abandono estatal e o racismo, obriga muitas famílias, não lhes deixando outra alternativa, a não ser retornar às áreas de onde foram removidas, agora ocupadas por empreendimentos agrícolas.

Uma destas áreas de retorno, onde os índios buscam recuperar seu centímetro de terra, é chamada de Yvu Verá Guasu, nos arredores da Reserva de Dourados (MS). Nesta área, os índios guarani vem sofrendo violentos ataques de todo tipo há muitos dias. As imagens abaixo registraram apenas uma parte destes ataques.

 

REFERÊNCIAS E FONTES:

TE’ÝIKUE, Aldeia. Teko Joja. Caarapó, 2019.

 

NOTAS:

  1. Pesquisa, organização e adaptação: Neimar Machado de Sousa, doutor em história da educação (UFSCar) e pesquisador (FAIND/UFGD). Karai Nhanderovaigua. E-mail: neimar.machado.sousa@gmail.com
  2. O artigo tem objetivo educacional e formato adaptado às mídias sociais.
  3. A grafia adotada para as palavras indígenas segue as fontes consultadas.
  4. METADADOS: guarani rembi’uete.
  5. IMAGEM: ASSEJUR CIMI MS, 2019.

Tags: tekoharã

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