Segundo a história asteca, quando a lua, Coyolxauhqui, junto com seus irmãos Tzentzowi tznawac descobriram que sua mãe Coatliicue (Mãe Terra) engravidou depois de colocar uma pena de águia no peito, eles ficaram com raiva e conspiraram para matá-la.
Huitzilopochlti (o sol), enquanto estava no ventre de sua mãe, ouviu os planos e garantiu que a protegeria e, assim, nasceu completamente formado. De seu nascimento (o sol nascente), ele afastou seus irmãos (as estrelas do céu noturno) e desmembrou sua irmã, a lua (representando a lua em seus quatro aspectos: nova, crescente, cheia e minguante).
Durante o período que antecedeu o solstício, viajou pelo céu produzindo o efeito que parece que está inclinando-se para o sul e para a esquerda, como o coração humano. Nesse ponto, o sol já viaja pelo céu muitos dias e "morre" no dia 20 de junho (o dia mais curto e menos iluminado), solstício de inverno.
Neste dia, ele visita Mictlan, o lugar dos mortos, onde combate a escuridão, mas renasce vitorioso como um Beija-flor, demonstrando que tem grande coração e força de vontade.
Os antigos astecas, que eram grandes astrônomos e matemáticos, celebravam esse fenômeno celestial como o nascimento de Huitzilopochtli, do Sol, com celebrações de música, dança e comida por dias, incluindo o que é hoje o Natal.
Os anciãos incentivavam as pessoas a manter apenas bons pensamentos e a generosamente oferecer comida e bebida a amigos e vizinhos. Presentes de milho cozido misturados com mel em forma de Huitzilopochtli também eram oferecidos a amigos e nos templos.
A palavra náuatle Huitzilopochtli é composta de duas outras: huitzilin, beija-flor e opochtli, esquerda (lado), e é uma metáfora para os batimentos cardíacos, pois a vontade e a força localizavam-se, para os astecas, no coração. Este pássaro tem imensa energia e determinação, pois voa milhares de quilômetros do sul ao norte e volta.
O nascimento de Huitzilopochtli representa a luz vencendo as trevas, autodomínio e a força de vontade. É o trabalho interno para despertar do materialismo e de viver sem propósito.
Para o pensamento Mexica, pré-colonial e ainda pratica, o Solstício é celebrado com rituais e cerimônias que representam o domínio da vida inconsciente pela consciência superior - Quetzalcoatl - aprofundando a conexão com as forças da natureza e o Mistério.
REFERÊNCIAS E FONTES:
Tlapoyawa, Kurly. Panketzaliztli: the Raising of the Banners. Mexica.org Acesso em 22/12/2019.
NOTAS:
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